A Justiça de São Paulo anunciou, nesta quinta-feira (20), o recebimento da denĂșncia do Ministério PĂșblico e tornarĂĄ o preparador fĂsico uruguaio SebastiĂĄn Avellino Vargas, do time de futebol Universitario, do Peru, réu pelo crime de racismo. Vargas fez gestos racistas em direção à torcida do Corinthians no duelo entre os clubes pela Copa Sul-Americana, no dia 11 deste mĂȘs. No entanto, o pedido do promotor Pedro Henrique Pavanelli Lima para que a prisão preventiva fosse mantida foi indeferido e Vargas poderĂĄ responder ao processo em liberdade.
No texto, a Justiça afirma que o uruguaio terĂĄ 10 dias para responder à acusação por escrito. A Justiça entendeu que mantĂȘ-lo preso não era necessĂĄrio, uma vez que Vargas tem endereço fixo no Peru e que os crimes denunciados não envolveram violĂȘncia fĂsica.
No entanto, segundo o texto, o preparador fĂsico pode ter nova prisão decretada caso não coopere com a Justiça fornecendo informações sobre sua localização e contatos ou não compareça, mesmo que virtualmente, a audiĂȘncias para as quais seja convocado.
O uruguaio foi preso em flagrante após fazer imitar um macaco em direção à torcida corintiana presente à Neo QuĂmica Arena, no duelo de ida dos playoffs da Copa Sul-Americana. A partida foi vencida pelo time brasileiro por 1 a 0, que garantiu a classificação às oitavas de final com uma nova vitória, desta vez em Lima, por 2 a 1. O duelo teve confusão entre os dois lados.
Vargas estava preso de forma preventiva desde o dia 12. Em janeiro deste ano, o presidente Luiz InĂĄcio Lula da Silva sancionou a Lei 14.532, que tipifica a injĂșria racial como crime de racismo - que jĂĄ era considerado delito no paĂs pela Lei 7.716, de 1989. Com a sanção, a penalidade foi aumentada de um a trĂȘs anos para dois a cinco anos de reclusão.
Fonte: AgĂȘncia Brasil