A vereadora Edna Sampaio (PT) cobrou, nesta quinta-feira (22), que o executivo inclua cerca de 25 famílias de catadores de recicláveis que ficaram de fora do Programa Renda Solidária, instituído em abril do ano passado, que previu o pagamento de um salário mínimo mensal aos catadores como medida compensatória diante da desativação do aterro sanitário da capital. O programa terá duração de 24 meses.
O aterro foi desativado em março do ano passado e o benefício começou a ser pago em abril. Porém, segundo os catadores, estas famílias foram excluídas do cadastro por diversos empecilhos, entre eles a falta de mobilidade. 
As famílias vivem nos bairros Novo Paraíso, Barreiro Branco, Terra Prometida, Jardim Vitória e Novo Milênio. Sem o benefício, têm sofrido dificuldades financeiras e sobrevivido graças a trabalhos informais e doações.
A vereadora Edna observou que se tratam de pessoas em situação de vulnerabilidade extrema, citando o exemplo de uma das reclamantes, que é mãe de uma criança com deficiência e tem a visão comprometida e solicitou  ao vice-líder do governo, o vereador Luis Cláudio (Progressistas). 
"Essas pessoas estavam trabalhando no local e estão sem receber o benefício há um ano inteiro. Estamos preparando um requerimento de providências à Secretaria de Assistência Social e gostaríamos muito que os vereadores apoiassem essa causa em benefício de quem trabalha em uma função tão desgastante", disse Edna.
"Todos trabalham conosco há muitos anos na reciclagem. Trabalhei por nove anos lá e sei que muitos não foram incluídos na listagem do pagamento porque não conseguiram. Muitos têm filhos com necessidades especiais, não  podem ir todos os dias. Vão um dia, no outro não. Mas estão ali, trabalhando, levando o sustento para suas famílias. Eu sou prova disso porque estava ali", disse Jussara Glória Conceição Lemes, representante dos catadores.
Secom – Câmara Municipal de Cuiabá
Fonte: Câmara de Cuiabá – MT